terça-feira, 2 de novembro de 2010

A personagem escolhe.

      Cumpre obrigações. Comparece a lugares. Preenche claros. Decide entre o um, o outro e o nada. Não pode evitar. Não sabe  abandonar a ordem escolhida em desaviso, no tempo, no remoto. Vive no comum. 
      Em sonhos, salta. Amplia-se em voos, em verso e prosa, em  luz, em câmera, em silêncio e...aão! Em sexta senta-se ao som de Buarque de Holanda, ao sabor ácido, ao léu da cerveja, certo do senão, cansado  de temer, de não aguentar rojão!
       Aos goles, trama: noitada, fuga, suíte, adágio, entrega.  As estrelas estão ocultas. A chuva tempesteia. Corpos outros, decerto, anseiam - cogita o homem. O anoitecer o embala. Pelos, uns e outros, em lugares e situações, precisam ser arrancados com vigor - sentencia.
        
       Faz e acontece: de tudo um pouco. Perde-se em braços, em pernas, em ruas, em escuros.