domingo, 27 de maio de 2012

Salvo.


Homem procura seguir-se. Fica às voltas com cantigas. Diz-se ser justo o viver. Afirma-se em frente à música. Em delírio flutua em altos andares. Crença em cura cura. Quer o quero.

Homem limpa subterrâneo voador. Mente em descaramento. Quer achar-se. Não se acha. Ancora em cântico. Percorre trechos e para e toca. Sabe do som. Origem é nada.

O Milton Nascimento canta barro, pedra, pó e nunca mais. Homem prepara-se. Cantarola em prece. Dirige-se ao berimbau. Objeto em traços envolve. Toca o toque.

Homem felicita-se afinal. Conquanto ameaçado de extinção, canta. Apaga tolices certas. Esquece tolices erradas. Enfeita-se em parafraseio. Diz: o eu doeu.

Homem interrompe-se. Desconecta cabos de energia. Tira de parede. Senta para contar-se. É por ter assustado um susto. Respira em meta de retorno. De novo cozinha.

Comida é para dias. Come-se tudo, porque senão... É forte cada rango. Música é plena. Primeiro tudo começa. Depois para. O sempre é seguir. Homem caminha.