sexta-feira, 20 de julho de 2012

Devastação.


Pelo começo seria o começar. Mas qual? Eis debate. Mente vai inquieta. Homem cogita. É preciso trilha. Sonora é toda a história. Vai assim.

Em segunda parte se está. Como se sabe? É do nada. Vem do além. Mente é no incerto. Homem delira em sussurro. Difícil de ouvir. Segue.

Na vindoura volta ora é. Quem se oculta? Mente mente. E bau bau deu. Ignora o homem. Saída parece não ter. Voz vai a fundo. Há calma.


segunda-feira, 16 de julho de 2012

Só em noite.


Enquanto é cedo. Pontua-se em breve. Sempre é fácil. Dizeres vão pequenos. Palavra tem hora. E tem vez e paz. Contida ou expressa existe.

Salta no andar. Quer o descrever. Salva-se na música. Olha a noite. Procura um jeito. Quer dizer certo. Tristeza é de jeca em estrada.

De que adianta? Onde é rumo? Qual a outra? Pergunta, há certa? Pessoa pode saber? Pecado é verdade? Dá-se um trêmulo, em susto?

Eita! Ei, ei, ei! Eis isso e tá! Aquilo é lá. E cá há vento. E agora hein? Perder-se é possível. Pântano é cenário. Toque é de recolher, em vibrato.


sábado, 14 de julho de 2012

Divaga.


É quase tarde. Começa hora. O verbo é. Ukulele vem. Em memória e costas está. Perde-se foco. Lê-se tradução de hexagrama.

Só em noite, seguinte, rola retorno ao tema. É preciso pegar compasso e entender. Tocar instrumento é sentir.

É preciso conhecer ar. Percorre-lo, penetrá-lo, ser dele preenchido e até gritar. Poder maior gritar. Palavra em vezes trava.

Só em fim começa o entender. Sempre se pensa. Pouco se sabe – um dia se disse, noutro se dirá – muito se fala. Sobre que será?


quinta-feira, 12 de julho de 2012

O tudo parece perto.


Há um colapso. Há um luminoso. Entardece em beleza. É legítima a busca. É valoroso minorar dor. Recorre-se à fala. Consolo há em comida. Amor é sorrateiro, amigo.

É justo o gostar-se. Sobreviver é obra. É afazer para generoso. Há música em mundo. Há culinária e os ares. Tomara! Tocar em verdades, é o pedido.

E há descendentes. E há ancenstrais e há legados. Confiemos! O prazer da imolação há de esgotar-se. Vivemos já, em pleno, em voo livre.

Todavia há o incerto. Nisso perde-se um. Cre dizer. Entende dizeres seus. Louva-se audaz. Projeta-se em público. Flutua em noite começada.

Depois é o futuro. O agora é novo. Egberto canta em disco. Voador penetra ares. Há presentes. Dádiva vigora. Chuva é densa.

E o mesmo é assim. Todos instrumentos tocam. Homens tocam. Música em vez parece impossível. É tudo tanto. Logo inté talvez venha parecer coisa toda e qualquer.

Palavra tem tamanho. Olho tem tamanho. Enxerga homem. Ou não enxerga. Pode não ver. Chega-se a ponto difícil. Em vista há desejo em verso.

O intervalo é minha vez de tocar. Faço e penso e pronuncio. Toco cordas. O barulho é grande em lugar. Há bombas em chamados festejos. Sons urbanos assombram em tempos.


sábado, 7 de julho de 2012

Ukulele, o soprano.


Sobre tocar depois falo. Sobrevoo o falar, se toco. O pequeno é doce. E tem vigor. Decerto é infindo.

Sobre quais palavras virão, penso quando toco. O pequeno e os outros todos sugerem-me historiar-me. Faço.

Sobre ausências falo. Dá-se em momentos de entregar-se ao encontro. Junto ao corpo o pequeno acaricia alma.

Há voz desejosa de expressão. Procura forma em meio ao pensar desvairado. Ignora-se a ponto de dizer tanto.

Há um colapso, um luminoso. Homem sabe-se em labirinto, sabe-se labirinto, sabe dizer-se labirinto.

Há um começo, um compasso. O tema é ukulele pequeno. Sobre tocar nem conto. Vibra-se em voo, enlevo.

Segue a prosa confusa. Segue o anseio de contar toda a verdade. Há ganas de revelar tudo. Delícia é dizer: nada.

Segue o risco de perder-se. É quando ukulele pequeno volta ao pensamento. Delícia é calar-se e ouvir.

Segue o mote a pulsar. Toca homem! E toca. Mundo gira em sonho. Delícia é abraço, instrumento e som.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Dor e outra brota.

Muito se conta, pouco se sabe. Disco gira e há música. Aumenta-se o volume. Arruma-se uma tarefa. É preciso alívio em costas.

Vai-se e volta-se. A palavra não dita fica lá. Insinua-se e sopra-se. Em instante derrama-se. Conta-se em vertigem. Ah fronteiras! É um susto.

Ganha-se mais um. É depois das tarefas. O código é acionado. Loucura é densa. Só em música há caminho: aberto em canto, encantado em boca.

Nada se acaba. Não há fim. A música é ininterrupta. Pássaros não deixam de cantar. Resta ao homem tocar. Coisas e seres e tambores são cerco.

Saber-se. Corporificar-se. Iluminar-se. Transcender-se. Transmigrar. Seguir-se. Desconhecer-se. Procurar-se. Guardar-se. Transmigrar. É preciso.

Desarranjo. Em primeira despejo. A música exige. Desprender-me preciso. É o dito. É o repetido. É escrito o que fica. A procura é de sentido.