segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Dias.

São estes correntes, sólidos, os dias dados. Nuvens há de montão. Meteoritos estalam ali. Potentados exibem-se. Usa-se e abusa-se de qualquer credo.

Não tem lá fora. Profundezas abrem-se a olhares. Quando é momento? Pode-se perguntar? Nada se sabe. O mistério não perdoa, não facilita.

Jantares há, dourados até. Beberagem e cantigas acontecem. Em partes há terrores. Em outras há mansidão. Tempo, parece, move-se.

Não acaba. Chega-se a noites. Vai-se aos sonhos. Voa-se e volta-se. Falas perdem-se de sentidos. Imperador é o som. Vozes são disfarces.

em volume, outro...

segue...

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Eis um começo.

É assim. Os apêndices vêm por primeiros. Nós, atados, vemos em princípio. É verdade o tudo a ser dito. É da ordem do melhor assim.

Descobriu-se jeitos de fazeres. E dizeres e contadores existem. Homem vê homem adentrar seu castelo. Portas fecham-se por obra de distantes.

Embriaga-se em diuturno movimento. Este é o homem, velho conhecido do homem. Vê-se em fronteira. A desordem ameaça.

Vale um parágrafo chegar a tanto. Duas linhas bastam neste acerto. Estamos a descobrir um jeito de explicar. Jeito é usar a certa, a palavra.

Tenho banquete. É noite e cozinhei de fato. Um banquete é um fato. Quero mencionar também coisas antigas. Quais? Aquelas? É embuste?

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Jantar de andante.

É na limpeza o começo. Tempestade solar segue tempestade. Terreno é encharcado. Calor vira imenso. É no momentâneo, a ouvir Sol do Meio Dia.

Comida é farta em arroz, abóbora, tomates, cebolas, palmito, salsa, sal, sementes de mostarda. Há sopa delicada em entrada, presente de visitante. Adeus Carnaval, venha vegetal!

No disco tem o som. A beleza comparece à tarde. Luz é no todo e em pedaços. Escreve-se em cartas. Ouve-se e toca-se. Sonho é vibração.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Bólide.

É nome. Homem senta-se em palavra. Sabe-se acima de chão. Avoa em sonho e susto. Ouve os mortos. Estão gravados em filmes. Mente é humana, a do homem. É de dizer.

Então, amigo, saiba. É de verdade o desejo. Move-se em tremores e diz ais. Os pássaros em sons soam. Palavras são em sons. Sorve-se o sal e o sou. Música! – diz o homem.

Não há tanto. Abuso é preciso. Sobra nada. Sabe-se de existência. Quatro e trinta e três existe e existem. Minutos, são modos. São sim – minutos – modos. Homem é.

On 4,33 and Cage and Tudor.


domingo, 3 de fevereiro de 2013

Música imaginária.

Começa nova a noite. Ouve-se violão e piano. Toca-se violão. Ouve-se o sitar. Vaidade é dano. Chega a manhã. Movimentos passados movem-se misturados. Há presente e assim é. Música é tema. E teima o músico. É tarde o quando. Falas querem posse de ditos. Maysa canta. Ainda agora, é fato.

Morte deixa rastro. Não é preciso matar-se. Não é preciso privar-se do perigo. A ideia é não ser. Personagem ou coisa é igual. O que não será é desconhecido. Nem se pode sonhar com futuro incerto. Ouve-se John Cage. O sol é estardalhaço. É de tarde de novo. Já pensou? Vai dar certo. Nem precisa de parágrafo. Não novo, é velho? Um ator poderá dividir de todas as formas.

Melhor é intervalo. Há morte entre duas encarnações. Há noite entre dias. Há dia entre hoje e sonho. Ah! Existe palavra e coisa. O inexplicável teima. Há perfume de tudo. Dizem haver em música um silêncio. Palavra atende ao desejo. Música deve de atender indesejado. Isto sem contar o certo, a comunhão, a solução, o tudo resolvido.

Vive-se em tarde. Toca-se instrumento e outro. Ouve-se por ondas. O som grava-se no mundo. Pensar em corpo é raro. Entender corpo é difícil. Falta amor ardente. Presente é certo. Verdade é verdade. Existe ser e existir e mais. Nada é preciso dizer. Explicar é tolice. Fazer o quê? Usar números é possível. É o que parece! Ninguém atende!

Personagem é sempre. Homem não sabe enxergar. Vê-se e pronto. Acredita. Quer trechos exatos. Quer tamanhos certos. Quer ordem, desejo, certeza e trecho. Sabe o tudo breve. E conhece o perto da morte. Ouve números e taxas. Enxerga travas. Rima com trevas. Agora só falta uma linha. É breve o tudo. Ao ar é donde, homem, escreve.