domingo, 17 de março de 2013

Amanhã.

Diz-se certa a dita. Morte é assunto. Difícil pensar. Vem a dançarina. Vem dançar. E dança. Homem dá passos. Sorri e pisa no tum e no tum. Pelas tantas percebe. Sons dominam. Há ausências. Vai-se a terraços.

Em volta é futuro. É novo repetido. Sobre o que se fala? Melhor ordenar. Depois comer. Ou comer o depois. E comer o antes. Homem perde-se em desejo. Afasta-se de ser. Coloca-se em foco. Em absurdo é o viver.

Datas avisam. Ainda existem. Qual fantasmas copiam. Inventam um outro, um depois do fim. É um igual. Todavia é destempo. Homem está entregue. Toca instrumentos. Toca-se e respira. Cotidiano espreita.

domingo, 10 de março de 2013

Ontem.

No pensamento reside. E vibra em momento. Alma é palavra. A noite existe. Una é qualquer parte do uno. Assim vai a mente. Solene penetra obscuro. Não há tempo. Acabou e não há mais. Então contar é em modo.

Pensamento expande. Novos óculos aparecem. Letras tomam tamanhos. Outros e mesmos há. Como se está a enxergar? Homem percebe-se. Perdido e envolvo está. Faz perguntas, daquelas. Vislumbra vida. Tudo é instante.

Vamos lá, rapaz. Canta aí sua canção. Exorta o companheiro. Traz seus saberes. Dança em circuitos. Solitário segue. Palavras explodem. Gritos ocupam ruas. Carros rodam no lá fora. Morador de ar vê. Está em loucura. Sabe, sente.

sábado, 9 de março de 2013

Every day.

Todo dia, significa? Pode dizer assim? Cada um quer dizer melhor? Menino segue em dor. É em perna batida.

Corre e melhora. Passeia em companhia de mestre. Menino alegra-se. Traquinagens realiza. Conta e conta historietas.

Estuda música. Ouve o Ney a cantar. E há Rafael a tocar. Menino treme. É em meio à cidade. É em onda amorosa.

Histórias vão misturadas. Em estórias é permitido acreditar. Há perigo em atraso. Apressa-se o menino.

Percorre trecho. Canta em obscuro. Voz vai abafada. Menino cansa um tanto. Depois solta e abre o a.

Tardinha chega. Hora é nada. Espaço é menor. O menino mente. E mente salta. E destroca. E volta ao impossível.

terça-feira, 5 de março de 2013

Noutro hoje.

Segue a tocar. Música, segue, imaginária. Muda o homem. Ideia brota em palavra, intento. Some em seguida. Declama-se, em ensaio, invenção. Junta-se em trechos. Prepara-se para receber amante. Roda a vitrola. Tete Espíndolla há em Ouvir. Beleza encerra o lado.

Em lado outro é o caso. Ora é em grito o canto. É para chegar a ser. E ser, menos. Diminuir o tudo a tudo. Eis dever em anúncio. Senta-se o homem. Certo, é solúvel. Diz e crê. Confusão há em mente. Palavrório é solto. Torpor é fato. Consagrada é noite, esta, qualquer.

No intervalo toca. Solta-se em notas o homem. Faminto, e cego, busca. A beleza o encontra em curvas. Em rosa e base enfeita-se. Faz perguntas. Diz futuro. Imagina-se. Em inexistências vê-se. Noutro corpo há alma sua. Em outra alma há corpo seu. Será?


sábado, 2 de março de 2013

Hoje.

Homem cai. É em frente ao homem. Delicado é o movimento. O dia, ora, é queda. No amanhã, segue o parágrafo?

Limpar é preciso. Homem choca-se. É em trave. Em instante é o corte. Dor sucede gozo. Ardência faz lágrima. É possível entender?

Falar é difícil. Todavia, não cala o homem. Insinua a trama. Toma distância de si. Em torpor prossegue. Para que lucidez?

Quedas e choques marcam. Ficam em pele e entendimento. Homem pensa em homem a cair. Choca-se no imaginário. Susto passa?

Homem machucado salta. Caminha com parceiros. Segue em façanhas. Comemora em noite. É começo. Melhor deixar. Não é?