terça-feira, 19 de julho de 2011

Projeto de conto: conto.

O menino chega à casa confusa. Carência é de arrumação, de aprumo e de beleza. Todas as coisas estas ditas servem só quando juntas. Cada qual existe em seu lugar. Entre as diferenças há as de lugar, de modos, de cores. Objetos podem ser transtornados. Novo mundo é desejo. As frases vêm avoadas. Menino é o homem. Velho é o homem. Tomado é o homem. Mundo fica difícil.

Por não saber começar, homem decide por fim. Estabelece plano. Distrair-se é tarefa. Deixa acesas coisas erradas. Não fecha válvulas. Não olha para lados. Desatenta. Pensa: mundo é difícil. Segue pela rua fria. Escuta gritos. Buzinas escuta. Freios ouve. O som da cidade o ocupa. A fumaça ocupa seu lar. Ele nem sente. Segue no dia, outro dia, outro abrupto.

Este papo teu tá qualquer coisa – ouve o homem. Em depois ouve Villa-Lobos. Em depois canta. Em depois fotografa, filma, mija e come. Passa noite, passa dia. Pensar é ofício humano. Homem pratica humanidade e pensa. Procura o prazer. Sabe: a vida está sempre certa. Corre-se, no permanente agora, risco de acreditar estarmos todos vislumbrando.

Parágrafo novo é preciso. Música, qual no sempre, corre solta. Repetir-se é necessidade de homem. Talvez a história seja fraca. Talvez seja história igual. Sem novidade, sem invenção, sem susto deve ser a história, a vindoura. Só passado é real. Martírios, desastres, romances, totais calculados, provas reais, resultaram nisto. E agora, o agora, é o resto. Será?

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