quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Fronteira.

   Era dia de mudar. Marcado desde muito. Fui ficando de qualquer forma, a procurar nos cantos distração. Vi escritos. Li com pressa. Pareceu tudo difícil. Sinto-me estranho. Parece-me que tomei ares. Semelhante é possessão. Como fosse tocado. A confusão começa. Entardece.

   Em verdade, nestes dias, mantenho-me junto às janelas. É espera. É mentira. O desejo é de ir. A força é para ficar. As palavras viram coisa risco. Os dedos viram magos. Dizentes são movimentos feitos. Estudo, em silêncio, umas falas. Busco verdade. Entendo o existir. Não entendo o existir. Perco-me em meio aos pensamentos.

    Vou ali, no dentro, fazer. Primeiro vou arrumar a casa. Depois vou arrumar a cozinha. Não sei causa de separação. Aprendi assim. Depois vai ser beleza. Como sei? É do sempre. Desde o quando era começo.

    Dia outro é logo. Mudou o nada. Tanto faz, penso. A beleza é o fato. No dia igual sigo. Anseio é de santos. Desejo é de festivais. A luminosidade impera. Graças dá-se. É por vibrar. E é pelos sonhos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário