domingo, 3 de fevereiro de 2013

Música imaginária.

Começa nova a noite. Ouve-se violão e piano. Toca-se violão. Ouve-se o sitar. Vaidade é dano. Chega a manhã. Movimentos passados movem-se misturados. Há presente e assim é. Música é tema. E teima o músico. É tarde o quando. Falas querem posse de ditos. Maysa canta. Ainda agora, é fato.

Morte deixa rastro. Não é preciso matar-se. Não é preciso privar-se do perigo. A ideia é não ser. Personagem ou coisa é igual. O que não será é desconhecido. Nem se pode sonhar com futuro incerto. Ouve-se John Cage. O sol é estardalhaço. É de tarde de novo. Já pensou? Vai dar certo. Nem precisa de parágrafo. Não novo, é velho? Um ator poderá dividir de todas as formas.

Melhor é intervalo. Há morte entre duas encarnações. Há noite entre dias. Há dia entre hoje e sonho. Ah! Existe palavra e coisa. O inexplicável teima. Há perfume de tudo. Dizem haver em música um silêncio. Palavra atende ao desejo. Música deve de atender indesejado. Isto sem contar o certo, a comunhão, a solução, o tudo resolvido.

Vive-se em tarde. Toca-se instrumento e outro. Ouve-se por ondas. O som grava-se no mundo. Pensar em corpo é raro. Entender corpo é difícil. Falta amor ardente. Presente é certo. Verdade é verdade. Existe ser e existir e mais. Nada é preciso dizer. Explicar é tolice. Fazer o quê? Usar números é possível. É o que parece! Ninguém atende!

Personagem é sempre. Homem não sabe enxergar. Vê-se e pronto. Acredita. Quer trechos exatos. Quer tamanhos certos. Quer ordem, desejo, certeza e trecho. Sabe o tudo breve. E conhece o perto da morte. Ouve números e taxas. Enxerga travas. Rima com trevas. Agora só falta uma linha. É breve o tudo. Ao ar é donde, homem, escreve.

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