quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Dia outro finda.

Começa noite outra. Cá estão homem e banda no ar. Na torre homem vela em assuntos musicais. Ouve Keith Jarrett a tocar harmônios infindos. É sem tamanho. Parece palavra com todo som a dizer contar cantos.

Segue o homem a tocar o harmônio. Respira e move e sopra o homem. O som é múltiplo e em desregra e desterro. É música abissal. É insistente repetido o tema. Há encontros de dedos a desenhar danças e a dançar sobre desenhos.

Coisa acaba em abrupto. Viola toca em noite de lua oculta. Noite é aclarada em perdição. Homem percebe-se passageiro do além. Telepata, empreende contato com alguns outros, cópias do eu, entre muitos discursantes. Todos vivem dentro do si.

Quer compreender o homem. Quer isto. Entende música em caminho. Dia outro finda, ora, quando enfim consegue. Encontra pedaço seu de mundo. Nele canta. Segue em propósito. Toca coisas e pessoas muitas. Encanta o entorno em sonoro e silente.


Nenhum comentário:

Postar um comentário