domingo, 11 de novembro de 2012

Instante.

Repete-se o homem. O ar é tudo e é breve. Anda por aí a tomar notas, a tomar coisas. Ouve Shankar. Vai à janela e lá está a cidade exposta. Quer encontrar um jeito. Abre outra lata. Anseia por mais uma dose. Está no futuro. Vive em quando tudo aconteceu. Vive em consequências. Em terceira linha estaca. Caminha pela casa. Deságua excesso. Logo, logo, logo deseja dizer verdade. Pretende seguir. Entrega-se. Escreve.

Concebe outro começo. Seu memorial de começos vê invadido. É um novato a chegar. Apaixona-se de pronto. Percorre trechos ao lado de parceiros. Parceiras encontra em recanto. Há solidão, a dos instrumentos. Música percorre lonjura. É desde o nada. E chega. Guarda-se em artefatos e truques dos ares e coisas. Ouve. Estica-se.

Recomeço escrita. Escapou a pessoa. Mudou-se em outra. Vou ao pretérito. Ainda homem sou. Não nome outro tenho. Não outra sou criatura. Anverso é lado. Nele estou. A narrar o já. Tempos são os findos. São, ao que parece, os próximos da lista. O tudo parece caminhar. Destino é dúvida. É o mistério da história. Quase nada se sabe. Diz-se.

Nenhum comentário:

Postar um comentário