terça-feira, 20 de novembro de 2012

Divaga.

Em vaga. Em tarde calorosa derrama-se líquido em copo e em corpo. Mente enfumaçada pilota a função. Procura-se em escrita os ares. O anseio é de voo. Para expressão tem música. Para silenciar tem música.

Em medo da terra. Toca-se coisas colhidas. Violões, chocalhos, árvores, contas, minas, aço e ideias imensas vibram. E enfiar mão lá no dentro de qualquer terra é assombroso. Paradoxos inspiram gestos musicais.

Planta-se, mata-se, em floreiras, em jardins suspensos. O mundo é cheio de coisas suspensas. Tudo, menos o subterrâneo. É imenso o invisível. O lá fora e o lá dentro é um igual, um longínquo. Isto é no antes de tocar.

O disco repete-se. Dias e noites em volumes e vezes, muitas, rodam as fendas, as percorridas pela agulha. Homem inspira música. Come qual verme em terra. Lento e manso vai mastigando. Sonha e pensa e conta e lembra em hora mesma.

Quer ainda por cima querer. Coisas várias deseja além do excesso momentâneo. Embravece e esbraveja e esculhamba. Averba direitos. Ambiciona cômodos e comodidades. É este o homem. Ninguém engana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário