segunda-feira, 25 de junho de 2012

Grito no interno.

Tudo é agora. Hora anda solta. A ouvir Piazzolla/Mulligan segue o homem atento. Depois, silêncio dentro e, no dentro, o fora: carros e pássaros e pedras percutidas e gritos, santo deus! Tocar – ordena-se.

Vai e faz em medo um trajeto. Ouve Stravinsky e vê corpos flutuando em palco. Caminha em noite açucarada e torpe. A razão cerceia os olhos. É para não ver corpos flutuando em camas de papel. Emoção engata um ritmo. Homem toca em praça, em boca.

Retorna à casa, oca, oca. Percorre mantras em instrumentos. Cantarola e perde-se e teme. Recolhe-se a silêncio. É quietude quase. Sabe-se pouco. Tremor há em curso. Em escuro é o acontecer. Sono salva homem. O momentâneo vira destino.

Nenhum comentário:

Postar um comentário