quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Andante.

Caminhada é vizinha. Seguirá o homem por ruas. Eis o plano, enquanto planeado. Eis registro em diário do vindouro. O próximo trecho é depois deste então.

Chega o futuro. Caminhadas tantas deram nisto. Volta-se ao mesmo, ao exato, ao lugar. Há dor e há remédio. O dia é do sol, morador do buraco infinito.

Inesperado projeta amanhã. Há carência de entendimento. Mal vivido o hoje, se ocupado em planos. Melhor entregar-se à música. E seguir os discos, em giros.

Acontecer é paralelo. Cada trecho toca um trecho do viver. Não há linha reta. Passos em palcos imitam passos. Homem perde-se em teia. Palavras são os fios.

Caminhada é memória. Ruas e ruas e ruas estão no mundo, percebe o homem. No destino está solução de enigma. É sempre assim.

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