sábado, 7 de julho de 2012

Ukulele, o soprano.


Sobre tocar depois falo. Sobrevoo o falar, se toco. O pequeno é doce. E tem vigor. Decerto é infindo.

Sobre quais palavras virão, penso quando toco. O pequeno e os outros todos sugerem-me historiar-me. Faço.

Sobre ausências falo. Dá-se em momentos de entregar-se ao encontro. Junto ao corpo o pequeno acaricia alma.

Há voz desejosa de expressão. Procura forma em meio ao pensar desvairado. Ignora-se a ponto de dizer tanto.

Há um colapso, um luminoso. Homem sabe-se em labirinto, sabe-se labirinto, sabe dizer-se labirinto.

Há um começo, um compasso. O tema é ukulele pequeno. Sobre tocar nem conto. Vibra-se em voo, enlevo.

Segue a prosa confusa. Segue o anseio de contar toda a verdade. Há ganas de revelar tudo. Delícia é dizer: nada.

Segue o risco de perder-se. É quando ukulele pequeno volta ao pensamento. Delícia é calar-se e ouvir.

Segue o mote a pulsar. Toca homem! E toca. Mundo gira em sonho. Delícia é abraço, instrumento e som.

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