quinta-feira, 26 de maio de 2011

Salto.

Onde vamos parar? Arte é pergunta. É no meio do livro. É presente. Sabe. Insiste. Homem volta-se ao centro. Espalha pertences. Doa. Junta, em aposento a ser esvaziado, seus papéis. Quer separá-los por cor, tamanho, função, importância, sentido. Para tanto deve manter-se no antes estúdio. É difícil. Lê trechos de cadernos. Dias e notas de diários saltam ante olhos. Segue, em busca de resposta. Confessa-se.

Bateu! Arte é afirmação. Sim. Homem vai transtornado. Entrega-se às coisas, às substâncias. É dia de pito e nabo. Pita. Ouve canções. Rascunha um trecho. Segue em direção aos seres, aos alimentos vivos. Cozinha. Cebolas, fogo, óleo, nabo, açafrão e anis, em horas e jeitos, viram janta. Todas as coisas citadas, e outras esquecidas, giram dentro do cozinheiro comensal. Falta pouco para estar tudo certo. Não duvida.

Esbraveja! Esbraveja? Arte é palco. Personagem alcança destino. Alma em aperto anseia canto. Canta e saltita em sala, em canto. Sabe. De sobriedade resulta alegria. Todavia, arranjos faltam. Compreensão, tolerância, gentileza faltam. A cidade está com alma em frangalhos. Nela humanos transitam um tanto. Amedrontados, por vezes, seguem. É terra de teima, de errância. Acontecimentos transcorrem em cena, em abstrato.

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