quarta-feira, 16 de março de 2011

O caldeirão e o poço.

Moléculas, pedaços, ondas, coisas tantas misturadas, dissolvidas umas em outras, partes invisíveis de seres presentes fervem no caldeirão. Veio, o tudo, do poço. De profundezas, de desconhecido, de fim, de invisível todo, veio.

Acrescenta açúcar. Acrescenta sal. Acrescenta uma erva. Mexe. Pita umas pitadas. Volta ao poço, volta ao fundo. Funda um olhar infindo. Finda em rima funda. O mundo, em vezes, é imundo, é fosso. É isto. É lá no poço. É por lá o caminho, o veio.

Que mais? Dizer é pouco. O poço é muito. O caldeirão é parco. Treme o todo. Essências exalam perfumes. Essências manifestam. Verdades, dúvidas, troças, piadas espalham-se em curtas explosões. Tudo retorna ao fundo, ao donde veio, ao poço.

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