sábado, 5 de março de 2011

Vestido de noite.

Começa sem rumo. A prosa é tremenda. Na terceira via advém pausa. E é só a primeira. A noite importa. Sugere em chuvisco. Luzes há bastantes. Música é da boa. Tem a comida. Tem o abrigo. Tem dádivas tantas. Decidido vai homem. Vestido é de flores e estrelas. O fundo é preto. Chapéu encerra o japonês. Dança em gestos. O teatro é de sombras.

Maníaco salta a linha. Encerra trecho contido. Inaugura um tom acima. Logo canta um tanto. Come arroz estranho. A trilha vira Mestre Waltel. É pela Orquestra à Base de Sopro. Quem pode imaginar? Quem enxerga em olhos fechados? Quem pergunta? Quem conhece o som? Pensa nos homens lembradores das peças todas. Pensa. Teme o tremor. Teme o sentido.

Entre os escritos encontra um diário. Dele lê parte. Preparatório é qualquer dia. Homem atravessa décadas e cidades. O registro do íntimo é tarefa. É modo de conhecimento. As histórias não contadas ocupam espaço em memória. É necessário mandá-las para fora. Dar-se a conhecer é preciso. Qual é, homens dentro do homem, aquele a ser visto?

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