quarta-feira, 13 de abril de 2011

Caminho.

Nada resta na noite. Ecoa canção estudada. É um princípio de estudos. Palavras residem em cadernos, álbuns e livros residentes na casa. Aprende-se em lentidão. Tudo é afazer. Preparar comida, abrir valas em quintais alagados, dedilhar instrumentos, convergir entendimentos a locais de encontros telepáticos. Escrever sem sujeito, sem verbo e em abuso de elipses, é permitido. A métrica incrementa a prosa e decreta estado de salto.

Notas restam na noite. Repousam tomadas em papéis. É necessário retirar-se para os sonhos. Se em futuro residir, nele ser é sonho. Em futuro o ser é sonho. Voos são permitidos na noite. O feito não é pequeno. Sabe-se histórias, tem-se desejos, cria-se coisas, joga-se fora coisas, inventa-se coisas.  Dias carecem de construção. Artistas, por ora, vão ao descanso. Querem imaginar. Querem vislumbrar o dentro escuro.

Noite resta em manhã de memória. Ensinamentos e perguntas d'outro tempo persistem. Permeiam sabores do agora. Pretende-se seguir na direção dos outros. Pretende-se, em afazeres musicais, culinários, poéticos, tresloucados, tocar gentes desconhecidas. É instante de fabricação de plano. Vive-se em antes do começo. É necessário estudar, perceber motivos ocultos. Livrar-se e observar-se a ser são as tarefas perenes. 
 

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