sábado, 9 de abril de 2011

Melado.

Dia de oxalá senhor açúcar é hoje. Desde antes do contar já era. O comedor em êxtase come. Mais é mais e mais e mais é desejo sem fim. Diminuir, sabe-se, é o melhor. Aumenta-se. Não se é capaz ainda de evitar no total. Há também diminuição. Coisas mudam-se para o invisível. É no sempre. Não! Não se é ainda capaz para nada.

Mais uma colherada é apertada na boca. Na bocarra eloquente nasce a descrição da coisa. Nem é necessário qualquer verdade. Tomar medidas é preciso. De bom tom revela-se o conhecimento de tamanhos. Intervalos, trastes, tons, palmas, flâmulas a queimar são as coisas partes da noite ininterrupta. O parágrafo acaba no topo.

Dia outro é quando sempre se está no fim. Nas sombras de uma manhã também se pode viver. À espera de mais tarde se é capaz de ficar. Come-se antes e depois de tudo acontecer. O palavrório é afetado por cheia a vir em breve. A crescente segue seu curso. Será possível, afirma-se, pergunta-se, formula-se. Não há, no agora, o saber.

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