segunda-feira, 25 de abril de 2011

Dezesseis e vinte e tudo vai.

Há o ato, póstumo. Há o contar. A realidade é um pretexto, insinua o senhor Joaquim Torres Garcia, encantador no produzir imagem, palavra e pensamento. O presente descrito é outro pretexto, desconfio. Sempre é passado, o contado. O teatro das horas ocupa-me em ruas estrangeiras. Ignorância é baú pesado.

Primeiro é o medo. Motor das vibrações no peito, existe. Pontua a vida em silêncio no corpo. É cria da balbúrdia da mente. Ensina, ensina, ensina. Todos os conhecimentos vêm dele, medo. Repete-se a personagem em aturdimento. Quer explicar coisas, dar contas do fazer diário, em tempo próspero e benfazejo.

Último é o medo. Primórdios, mares, ares e amores, rimas e inconstâncias, tudo assusta no presente eterno. A água, em insistência de fonte, confere o ritmo da fala. Tudo é música. Tudo é busca. Tudo é desentendido aqui e agora. Escrever assim, aos trancos, a temer em cada palavra é preciso, é precioso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário