quinta-feira, 21 de abril de 2011

Inconfidência.

Vai-se pela casa em desvendamento de gestos. Segue-se em passos breves, passos, passos, ao som seguido, repetido em onda. Maria João, Maria João, Maria João toca os olhos memórias. E mesmo agora, quando flui desde a eletricidade, ortografa-se em erros a insensata história. Encerrado em trança, dissera-se em verso antigo. Repete o autor. Cita-se. Rememora-se em cabeça, tronco e membros, desde as antigas. Não tem para onde ir. O cumprimento do parágrafo assombra. A música é para saltar. E todos decerto saltam. Vírus, moléculas, átomos desconhecidos, células ocultas, seguem longe da possibilidade de qualquer entendimento. Uma dor leve gesta-se. Esperança renova-se. A vida é mesmo profunda. E nobre é a raça enfim guerreira.

Machado é coisa e nome. Faz e diz. Corta e pesa e espanta e serve. Abre fronteira e além. O nome da prosa é oculto. Não adverbiar? O qual significado de cada saída ou chegada é o definitivo? Saber-se-á mesmo quando chegada for a hora? O canto ouvido no tempo modifica a alma. Condutores, conduzidos, condutos, sons por sobre, em dentro, em sendo, adentrando, a ser, a adentrar corpos. Redes telepáticas a vibrar abrem sulcos na tela contemplada. Deuses, ídolos, mágicas desejantes são as energias contidas em homem. Nomear. Nomadizar. Aprender jeito certo, palavra nova, como é bom, como é bom, como é bom tocar instrumentos – exclama-se. Falta uma linha, uma mais só para deixar este trecho. As medidas são amorosas.

Volta-se em instantes. No depois de versos e grandes golfadas de ar, em encantos de trechos, becos, períodos, chapéus marcando momentos, pontuando, grifando, grafitando o enchapelado, seguem os muitos, os seres, os dantes nomeados. Nominar repetir-se sugere haver parar. Pausas e novidades, entremeios e opostos, parentes e premeditados, em premência, brotam em jornada em interno duto. Violeiros, cantores, cozinheiros, desenhadores, pintantes, voadores, velozes, trupe em trechos unida, noutros dispersa, momentânea em trajetos vai para perto de mares. Outono busca buscadores. Inda agora decerto há eterna a fome. Suave é o desejo.

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