sábado, 5 de fevereiro de 2011

Elegância e fel.

Ordem. As palavras, jorrando, vindas do dentro amargo, do estranho, do confuso, querem o suave. Os músculos desarranjados, em desacordo com ossos, procuram o jeito, o disfarce, a parecência de beleza. Calma de lago guarda o sono do assustado. É denso, o momento, muito.

Força. Dez são os dedos. Uma é língua. Dois olhos existem. Canais são orelhas. Dentes não contados moram na boca. O ar passa por nariz esburacado. O pensamento parece estar no dentro da cabeça. Aprisionada segue a alma. O bicho move-se. Dança.

Pausa. Viver é urgência. Não há distração possível. O contato do homem com mundo e mundos não para. O vento adentra o claustro. O prata e o vento adentram o corpo humano do homem. Há o acontecimento. Viver em possível, é possível, em tarde herética.

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