quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Em dissipação.

De anônimo vêm perguntas. Primeiro: nova espécie de egoísmo querer ser todas as pessoas? Depois, passada uma hora, a segunda: ou apenas auto suficiência? Comenta crônica construída em banho. Faz efeito o perguntar de tal criatura. O falante medita. Quer explicar a impressão de espelhar-se na mãe em cuidados de casa e corpo, no pai quando em trabalho público, em filhos quando envolvido em inventos e amores. Quer ainda contar sentir-se menino em momentos, velhinho noutros, invisível em raros.

Isto posto, homem procura assunto, mãos em bolsos, pés desenhando círculos, olhar ao chão. Decide ouvir cantores. Pensamento percorre sentidos, apreende a solidão, revela remorsos, resquícios e canseiras. Aprofunda o entendimento das personagens. Cada qual é aspecto da alma. Manifestam caminhos perceptivos. Não encontra nome para o que grita. Sabe haver dor e perigo de dor. Sabe da necessidade de cuidados quando em buscas por pacificação. Sabe que muitas vezes se erra, muitas vezes se rega, muitas outras se arranca.

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