segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Encontrar ar.

Entre os afazeres perde-se a personagem. Dedica-se pouco aqui, pouco acolá, a coisa e outra e outra. Não se encontrar é sentimento reiterado. As mentiras emitidas por espelhos são suas crenças. Nelas confia sempre e em momentos. Vivente em sensação de corpos sobrepostos, qual em ilustração mística, percebe-se. Em descrições do etéreo e de etéreos vaga sua palavra. Canta em cotidiano. Busca, em emoção de urgência, o entendimento do ritmo. Busca plenitude.

Caminha pela casa. Planeja um quarto. Inventa interromper o ininterrupto. Quer todas as imagens pregadas em todas as paredes. Diz que fará isto um dia em futuro. Arranha-se enquanto anseia uma transformação longínqua, sonhada. Aponta o dedo ao nariz. Está colado ao espelho gigante. Pronuncia reprimenda, em grave. Coisa toca fundo falso e os cada vez menos falsos, em camadas, em escavação. Cogita sonda de espaço, penetrante, a buscar mundo em além.

Narciso existir em alma é condição. Desentender-se acontece sempre. Coisa primeira faz acontecer segunda ou próxima ou ao contrário, quando em assuntos de números negativos e uns outros. É da infância. É dá infância. É antigo demais. É destas travas velhas, tratadas sem azeite, interrompendo caminhos com tramelas. Nesta altura o parágrafo está perdido. Decomposto em temas serviria de ementa. Ora o desconsolo parece aumentar, ora o reconforto parece próximo. É hora de ir.

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