segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Todo Humano Canta.

A substância penetra o medo, dissera outrora. Repete, repete, repete homem. Pois, atravessadas eras, há efeitos. Um desejo estapafúrdio acomete o narrador. A descrição detalhada de fluxos íntimos. Qual relato de sintomas ou de acontecimentos em universo onírico. Invadem-se contador e contado. Confundem-se as tramas do pensamento. Cada olho volta-se para um pedaço do visível.

Ah substância! Graças é necessário conferir. Há estas coisas ingeridas, tomadas, tocadas, muitas e muitas, ungidas. Delas nascem novidades, tremores, tamanhos, todas, coisas em expansão. O narrador perde o prumo. Comparece ao centro – ao parágrafo – mutilando roteiros para recolher os pedaços. Enfumaçado, sob efeito, constrói um mosaico. Aspira.

Um dia – eis desejo – as palavras sairão livres de dentro do homem. As palavras – eis presente – são de anarquia. O pensar é no modo difuso. A substância arranca, qual tufão, sonhos presos em redemoinho. Dá-lhe homem, dá-lhe espaço – invoca-se. Os sinais estão todos em todo lugar. Todas as personagens – eis mistério – proclamam a um só tempo. É o viver.

Assim, assim mesmo é o movimento. As palavras saem em sussurros. O escriba, tomado, mal entende o código. Cumpre. Registra episódios, recortes do fluxo mental. Com vagar é que tudo acontece. Uma historieta é invento preciso. É assim. É sim. Homem circunavega o quarto em desordem. Tropeça em ventilador de teto. Cai. Descrente não crê.

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