domingo, 16 de janeiro de 2011

Dever de casa: fazer paredes brancas.

Uma limpeza é acontecimento. Em começo é difícil. Há necessidade de mover os objetos. O repouso é interrompido. Dom Quixote, Pinóquio, Mandachuva, Guimarães, gravuras, memórias, trapos, coisas do homem, saem já donde estão, em projeto.

Depois de embalo, braços abraçam viola, sem vontade de arrastar, senão a atenção aos sons e a vigilância do pensamento. A busca é, qualquer, completa. Há ignorâncias em assuntos de vastidão. Sem os quadros as paredes informam. Novidades há sempre, em vestimenta.

Paredes têm dentro e fora. Homem sente. Dor tem partes, outros nomes, existe como todo o resto da existência, em abundância. Alegra-se o homem. Vê bons arranjos. Ouve. Cozinha janta. Convém ao homem arvorar-se de viver. Convém, em paredes, apreciar marcas.

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